Grau de Aprendiz sob o entendimento Kabbalístico-Gnóstico
Neste grau começa a preparação do adepto para a grande Arte Real. É um grau de silêncio e observação de todos os movimentos, palavras e gestos em tudo e em todos que ali se reúnem. Firmamos nossos compromissos com nosso IIr.: e com a Humanidade. Leva-nos a um regime de total observância, onde passamos a medir todos os nossos atos e nossas verdadeiras aspirações.
Aprendemos que a idéia de um Deus sobrenatural e pessoal é uma impostura dos sacerdotes da Igreja de Roma, inventada para escravizar a humanidade. Também ensina que nenhum ser é absolutamente material, porque os dois princípios, matéria e forma, fogo e água, homem e mulher, são sempre Dois em Um. (...)
Saído da Câmara de Reflexão - do Útero - o Aprendiz realiza Três Viagens Simbólicas; isso porque o princípio Gerador é Um em sua integridade, triplo em suas manifestações, que são a causa, o meio e o efeito; o agente, o paciente e o ser engendrado; o macho, a fêmea e o produto da criação.
Torna-se claro que a maior parte dos ensinamentos contidos no Ritual do Aprendiz e seu simbolismo vêm de longas datas. Não podemos precisar com segurança onde e quando. Muitas das cenas que apreciamos no Ritual do Antigo Egito, no Livro dos Mortos. Mas isso não quer dizer em absoluto que vieram diretamente das Tradições Egípcias. Essas mesmas vieram de culturas mais antigas ainda. Mas não existe nada de certo quanto às origens dos rituais maçônicos. Tudo que poderíamos dizer se torna pura especulação.
Muitos escritores afirmam que nossa Ordem é herdeira das Tradições do Antigo Oriente, da Samotrácia e do Egito. Encontramos em seus livros, em seus discursos, e em alguns de nossos Ritos, referências a Ísis, Elêusis, Mithra, etc.; e por toda parte ouvimos apologias aos Sublimes Mistérios. O que é isto senão a apoteose do homem elevado às honras de divindade? Esta é uma promessa feita pela "Serpente" no "Paraíso Terrestre" (Éden): Sereis como deuses. Essa promessa é repetida constantemente, de maneira velada, aos Adeptos da Maçonaria: "Não existe outro Deus senão vós mesmos", porque Deus é a Natureza, e o Grande Todo, simbolizada antigamente pelo deus Pan; e tudo pertence ao homem, mediante seu Gênio, que exerce seu império sobre a Natureza. Hoje sabiamente nomenclaturamos G.: A.: D.: U.:, pois dessa maneira não tornará sectário, ou seja, atende ao conceito de Deus em qualquer religião, sem causar polêmica.
Templo Maçônico - Helvécio de Resende Urbano Júnio 33º