Ernesto Bozzano
Nasceu em 9/01/1862, em Gênova, Itália e desencarnou em 1943, na mesma localidade. Professor da Universidade de Turim, foi, antes de se converter ao Espiritismo, materialista, céptico, positivista.
Numa época em que o Positivismo empolgava muitas consciências, Bozzano demonstrava-lhe nítida inclinação. Dos postulados positivistas gravitou para uma forma intransigente de materialismo, o que o levou a proclamar mais tarde: Fui um positivista-materialista a tal ponto convencido, que me parecia impossível pudessem existir pessoas cultas, dotadas normalmente de sentido comum, que pudessem crer na existência e sobrevivência da alma.
O fato de representantes da Ciência oficial levarem a sério a possibilidade da transmissão de pensamento entre pessoas que vivem em continentes diferentes, a aparição de fantasmas e a existência das chamadas casas mal-assombradas escandalizava Bozzano.
Somente após ler diversas outras obras é que Ernesto Bozzano resolveu dedicar-se com afinco e verdadeiro fervor ao estudo aprofundado dos fenômenos espíritas, fazendo-o através das obras de Allan Kardec, Léon Denis, Gabriel Delanne, William Crookes e outros.
Como medida inicial para um estudo profundo, Bozzano organizou um grupo experimental, do qual participaram muitos professores da Universidade de Gênova.
No decurso de cinco anos consecutivos, graças ao intenso trabalho desenvolvido, esse pequeno grupo propiciou vasto material à imprensa italiana e, ultrapassando as fronteiras, chegou a vários países. Havia-se obtido a realização de quase todos os fenômenos, culminando com a materialização de seis Espíritos, de forma bastante visível, e com a mais rígida comprovação.
Dentre as mais de trinta e cinco obras escritas, citamos "A Crise da Morte", "A Hipótese Espírita e as teorias Científicas", "Animismo ou Espiritismo", "Comunicações Mediúnicas entre Vivos", "Pensamento e Vontade", "Fenômeno de Transfiguração", "Metapsíquica Humana", "Os Enigmas da Psicometria", "Fenômenos de Talestesia", etc. O seu devotamento ao trabalho fez com que se tornasse um dos mais salientes pesquisadores dos fenômenos espíritas, impondo-se pela projeção do seu nome e pelo acendrado amor que dedicou à causa que havia esposado e que havia defendido com todas as forças de sua convicção inabalável.
Um fato novo veio contribuir para robustecer a sua crença no Espiritismo. A desencarnação de sua mãe, em julho de 1912, serviu de ponte para demonstração da sobrevivência da alma. Bozzano realizava nessa época sessões semanais com um reduzido grupo e com a participação de famosa médium. Realizando uma sessão na data em que se marcava o primeiro ano da desencarnação de sua genitora, a médium escreveu umas palavras num pedaço de papel, as quais, depois de lidas por Bozzano o deixara assombrado. Ali estavam escritos os dois últimos versos do epitáfio que naquele mesmo dia ele havia deixado no túmulo de sua mãe.
Texto disponível em: (https://www.folhaespirita.com.br/v2/node/10?q=node/168)
Obras principais (alguns dos títulos listados são publicações póstumas):
Hipótese espírita e teoria científica, 1903;
Dos casos de identificação espírita, 1909;
Em defesa do Espiritismo, 1927;
A Crise da Morte, 1930-52;
Investigação sobre as manifestações supranormais, 1931-40;
Xenoglossia, 1933;
Dos fenômenos de bilocação, 1934;
Dos fenômenos de possessão, 1936;
Animismo ou espiritismo?, 1938;
Povos primitivos e manifestações paranormais, 1941-46;
Dos fenômenos de telestesia, 1942;
Música transcendental, 1943;
De mente a mente, 1946;
Os mortos voltam, 1947;
Literatura de além-túmulo, 1947;
As visões dos moribundos, 1947;
Luzes no futuro, 1947;
Guerra e profecias, 1948;
A psique domina a matéria, 1948;
Os animais têm alma?, 1950;
Pensamento e vontade, 1967;
Os fenômenos de transfiguração, 1967.
Atualmente as obras deste autor são pouco lidas, como se ele virasse uma coisa do passado é atualmente em nosso época são valorizados obras de autores de pouca expressão e que tem somente por finalidade comercial.
Os Grupos Espíritas que querem realmente ter um aprofundamento sério da Doutrina Espírita e não queiram se iludir, os livros de Ernesto Bozzano deverão ser livros de cabeceiras.